3  Instalando o RStudio

Acontece que o RGui não é tão prático de se usar. Pensando nisso, a empresa Posit criou um Ambiente de Desenvolvimento Integrado (Integrated Development Environment, IDE) chamado RStudio. Em nosso contexto, tanto GUI quanto IDE são ferramentas que permitem a utilização da linguagem. A diferença é que a IDE tem atributos com a finalidade de facilitar o desenvolvimento dos códigos. Grosso modo, toda IDE é uma GUI mas o inverso não é verdadeiro (nem toda GUI é uma IDE).

Em resumo: é muito mais fácil utilizar o R através do RStudio e, por este motivo, vamos baixá-lo na sua versão gratuita (que já é suficiente para os cursos que serão ministrados no Instituto).

3.1 Três passos

Para instalar o RStudio no Windows, novamente iremos seguir alguns passos – nesse caso, apenas 3:

  1. Acesse a página de downloads da RStudio: https://posit.co/download/rstudio-desktop/#download. Se você tiver acesso de administrador, basta clicar em ‘Download RStudio Desktop for Windows’.

  2. De forma análoga ao download do R, você receberá um aviso de que o arquivo está sendo baixado (na sua pasta de ‘Downloads’ ou similar).

  3. Clique duas vezes no arquivo que você baixou e siga as instruções recomendadas de instalação, cuja tela inicial está na imagem abaixo.

Ao final da instalação, você deverá ser capaz de abrir o RStudio no seu computador, resultando em algo similar à imagem abaixo. No Windows, provavelmente você o encontrará no caminho:

C:\ProgramData\Microsoft\Windows\Start Menu\Programs\RStudio

Feito? Então estamos prontos para utilizar o R através do RStudio!

3.2 Conhecendo o RStudio

Nota

A seção 3.2 ‘Conhecendo o RStudio’ é baseada na seção 2.1 ‘Telas’ do livro Ciência de Dados em R, feito pelo Curso-R. De qualquer modo, eventuais erros são inteiramente de nossa responsabilidade.

O RStudio será o ambiente no qual iremos trabalhar com a linguagem. Por essa razão, é muito importante que você se sinta confortável com o que verá no seu computador após abrí-lo. Nessa seção, iremos compreender melhor o layout do RStudio, além das utilidades que ele nos proporciona ao longo do processo de escrita dos códigos.

Ao abrir o RStudio pela primeira vez (como na imagem anterior), você verá inicialmente 3 quadrantes. Um deles, preenchendo a parte esquerda da tela, já conhecemos: é o Console, que cumpre o mesmo papel explicado no capítulo anterior. Ao mesmo tempo, o quadrante que mais utilizaremos não aparece inicialmente: é o Editor de Código, outro velho conhecido que também possui a mesma atribuição anterior. Tal como no caso do RGui, o Editor não abre automaticamente pois o RStudio não é capaz de saber se o usuário tem o desejo de construir um código do zero – ou seja, criar um novo arquivo com extensão .R – ou apenas dar continuidade à algum em que já estava trabalhando.

No fim das contas, teremos 4 quadrantes:

Por padrão, os quadrantes estarão dispostos na sua tela da forma como mostramos na imagem acima, mas você pode organizá-los da forma que preferir acessando a seção Pane Layout da opção Global options... no menu Tools.

É importante que você entenda que o Editor e o Console são os dois principais quadrantes do RStudio. Passaremos a maior parte do tempo neles. Como não custa nada, vamos relembrar suas respectivas serventias:

  • Editor de Código: é local em que escreveremos/editaremos nossos códigos, salvando posteriormente em um arquivo do tipo .R. Conforme formos avançando, você acabará reparando que temos algumas melhorias em relação ao RGui:

    1. O RStudio colore algumas palavras e símbolos para facilitar a leitura do código. Por exemplo, tudo o que for comentário será de uma determinada cor, assim como tudo que você escrever entre aspas – considerado texto passível de ser executado como parte de um código – será de outra.
    2. Outra funcionalidade interessante do Editor no RStudio é a capacidade de você poder buscar e substituir determinadas palavras/expressões que estejam presentes no código, poupando tempo e evitando erros caso o fizessemos de forma maunal; para tal, basta clicar no símbolo da lupa logo acima da primeira linha.
    3. Além disso, o RStudio possui o recurso de autocompletar partes de um código! Caso você esteja escrevendo o nome de um objeto que ele consiga identificar, receberá automaticamente uma sugestão para completar a escrita, bastando apertar a tecla Tab para aceitá-la.
  • Console: é local em que o código é executado e recebemos as saídas. Nele, temos também o recurso de autocompletar nomes de objetos. Para limpar o Console, isto é, excluir o registro do que já foi executado pelo R, basta clicar no símbolo de vassoura, no canto direito superior do quadrante, ou então utilizar o atalho Ctrl + L.

Os demais quadrantes do lado direito contém painéis auxiliares. O objetivo deles é facilitar pequenas tarefas que fazem parte tanto da programação quanto da análise de dados como, por exemplo, olhar a documentação de funções, analisar os objetos criados em uma sessão do R, procurar e organizar os arquivos que compõem a nossa análise, armazenar e analisar os gráficos criados e muito mais.

No quadrante superior, temos

  • Environment: painel com todos os objetos criados na sessão. Será bastante útil como referência para avaliar os objetos que criamos ou deixamos de criar com determinado comando.

  • History: painel com um histórico dos comandos rodados.

Já no quadrante inferior, temos

  • Files: mostra os arquivos no diretório de trabalho. Nele, é possível navegar entre as pastas do seu computador! Você pode, por exemplo, abrir um arquivo do tipo .R sem necessariamente ter que passar pela janela de busca do seu sistema operacional.

  • Plots: painel onde os gráficos serão apresentados, caso você crie um código que os produza.

  • Packages: apresenta todos os pacotes instalados e carregados.

  • Help: janela onde as documentações de funções serão apresentadas.

  • Viewer: painel onde relatórios e dashboards serão apresentados.

Além do Console e do Editor, dê atenção especial aos painéis Environment, Help e Plots, nesta ordem.